sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Crítica: As Aventuras de Tintim ( The Adventures of Tintim , de Steven Spielberg)

Dirigido por Steven Spielberg. Com: Jamie Bell, Andy Serkis, Daniel Craig, Nick Frost, Simon Pegg, Toby Jones, Joe Starr, Mackenzie Crook, Cary Elwes.
5/5

Mais um bom filme de Spielberg no mesmo ano, e diferente de Cavalo de Guerra que falhava principalmente em enrolar quem está assistindo com seu desastroso primeiro ato, Tintin vai direto ao ponto, começando sua aventura já nos primeiros minutos em uma eletrizante viagem no melhor da computação gráfica.

Já iniciando com uma animação espetacular na sequencia de créditos (Muito parecido com a de outro ótimo filme de Spielberg, Prenda-me Se For Capaz), o filme roteirizado a seis mãos por Steven Moffat, Edgar Wright e Joe Cornish já acertar em ser direto na história para contar sua intricada aventura que relembra maravilhosamente os três primeiros Indianas Jones. O roteiro é extremamente eficiente em ser inteligente não necessitando complexidade ou complicação, e nada que confunda que está assistindo. Contando com um humor pastelão que apesar de ser bobo nunca chama o espectador de idiota.

E Spielberg aproveita principalmente o fato da tecnologia que está usando. Com a captura de movimentos ao estilo Avatar, ele se permite a uso de movimentos de câmera mais ousados (Como filmar enquanto carros passam o que seria extremamente difícil se não fosse digital) além de poder abusar de planos longos (certo plano sequencia é memorável e só seria possível com o uso dessa tecnologia). Além disso, a montagem que intercala muitas vezes passado e presente e lugares diferentes é competente a nunca deixar o filme repetitivo em suas inúmeras transições.

A sempre presente trilha de John Williams é contagiante e segue o clima aventureiro e extremamente divertido mesmo que seu ponto alto seja a já citada sequencia de créditos iniciais. Outro detalhe positivo do filme é o maravilhoso recurso da terceira dimensão que cai perfeitamente nesse tipo de filme, em certos momentos, é possível tomar verdadeiros sustos.

As atuações são extremamente competentes e quem se sobressai é o sempre excelente Andy Serkis que dá a Haddock uma grande intensidade além dos momentos de humor deste, que são hilários. Jamie Bell não faz nada demais com seu Tintin já que este é só o básico de uma atuação de herói. Isso mostra o principal problema do filme: Os seus personagens não são bem desenvolvidos.

Mas apesar de seu pequeno problema, o que fica na memória é o visual estonteante e a aventura extremamente divertida de Spielberg e Peter Jackson.

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