Precisamos Conversar Sobre o Kevin ( We Need Talk About Kevin, de Lynne Ramsay, 2011)
Com: Tilda Swinton, John C. Relly, Erza Miller
CLASSIFICAÇÃO: 1/5
Ao pegar um tema extremamente interessante, a forma como uma criação ruim pode criar um verdadeiro monstro, Lynne Ramsay, diretora do longa, parece está obcecada em fazer planos esquisitos e uso da cor vermelho para mostrar a estranheza e a violência contida na história, e isso daria certo, se Ramsay não tivesse usado estes artifício tão exageradamente, causando invés de um desconforto aos personagens ( o que devia ser seu propósito) e sim um desconforto com o filme em si.
E se em alguns momentos esse desconforto acontece, em outros, Precisamos Conversar Sobre o Kevin vira uma total comédia involuntária ( como na cena das unhas na prisão), e essa risibilidade fica ainda mais presente nas atuações que cada Kevin nos apresenta, chegando ao ápice na caricatura do mal, Erza Miller ( piorando ainda mais quando este come frango de um forma totalmente hilária, invés de apreensiva).
O que incomoda ainda mais no longa, é ver uma atuação tão bem desenvolvida de Tilda Swinton que usa toda sua construção corporal para mostrar desespero e apreensão em relação ao filho ( e chega ser marcante a diferença na interpretação de Swinton quando esta tem momentos com a filha e a diferença com Kevin) ou também em seu olhar de uma nervosa tristeza no depois do acontecimento enquanto vemos o olhar de apreensão de antes.
A diretora até chega a acertar em raros momentos, como destacar a semelhança entre a mãe e o filho, ou em alguns planos mais criativos como quando mostra o destreza de Kevin no uso de arco e flecha. Mas falha miseravelmente ao ser maniqueísta ao extremo, diferente do longa de Gus Van Sant, Elefante.
Falhando em tentar ousar demais em sua abordagem técnica, Precisamos Conversar Sobre o Kevin se torna apenas um “poderia ter sido”...
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