sábado, 21 de janeiro de 2012

Boteco das Séries: Sherlock


Nada de correria explosiva ou humor exagerado que marca os eficientes mas esquecíveis filmes de Sherlock Holmes de Guy Ritchie. Nada também da Inglaterra antiga da obra original. A missão de Sherlock, série da BBC criada por Mark Gratiss e Stephen Moffat é atualizar os livros de Sir Arthur Conan Doyle para a atual realidade da Londres. E a série é extremamente eficiente nisso.

Com três episódios por temporada ( sendo duas), estes se mostram rápidos, sem muita enrolação, com diálogos concisos e irônicos, além de uma extrema inteligência ao nos fazer identificar ao traumatizado Dr. Watson  em sua busca por entender o amigo, Sherlock Holmes. Outro acerto é colocar Holmes e Watson, além dos outros personagens usando tecnologias atuais que ajudam os casos, o que sempre se mostra importante.

 E se o roteiro já merece elogios, outro ponto positivo é a interatividade da montagem da série, que tenta sempre simplificar o pensamento de Sherlock como no uso de palavras usadas para visualizarmos suas deduções, ou cortes rápidos para mostrar seus pensamentos indo longe. 

Mas o que seria de uma série como essa se não fosse as atuações? E a série acerta totalmente nesse quesito em relação a dupla dinâmica. Bennedict Cumberbatch nos apresentar um Sherlock frio, manipular e brilhante e seus grandes momentos aparecem quando o personagem tem contatos com emoções ( o que se vê muito presente na irretocável segunda temporada). Martin Freeman dá uma mistura de tom dramático e cômico sendo nosso guia ao entrarmos na mente de Holmes. E a química dos dois é estupenda. 

Os outros atores não se destacam com algumas exceções ( o próprio criador Mark Gratiss como Mycroft Holmes, irmão de Sherlock, e a magnífica Laura Pulver como Irene).  Muitos questionam a escolha do ator que faz Moriaty, que é pra mim, extremamente ousada e hilária.

E com tudo isso, encerro essa sugestão, uma das grandes séries que vi esse ano: Sherlock. 

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